sexta-feira, 29 de julho de 2022

E. E. Assentamento Santa Clara promove ação de acolhimento socioemocional no retorno às aulas


 Acolhimento  da Santa Clara - 2 º semestre

Por Cristiane Oliveira


Dando início ao segundo semestre letivo, no dia 26 de julho, a E. E. Assentamento Santa Clara proporcionou aos estudantes e toda comunidade escolar, o acolhimento socioemocional. 

         A palavra acolher tem origem no latim acolligere, que significa levar em consideração, receber e amparar. O acolhimento faz parte do processo de ensino e aprendizagem e é fundamental para a vida, para a melhoria da convivência escolar, fortalece as relações interpessoais, além de contribuir para a melhoria da aprendizagem e formação integral dos estudantes. “A proposta é que, ao se conectar com os demais, o estudante reflita sobre si mesmo, seus sonhos (autoconhecimento) e sua consciência social. Por isso, a prática do acolhimento atende diferentes competências previstas na BNCC, sobretudo às socioemocionais.” (DAMASCENO, 2020).

Logo no início do período matutino, os alunos foram recebidos no pátio e após as boas vindas da diretora escolar, Zuleika Lusia dos Santos Sousa, a educadora física Ana Carla realizou um alongamento envolvendo, toda comunidade escolar.


Estudantes são orientados pela gestão escolar

Atividade de alongamento com a professora de Educação Física
Aquecendo com boas energias para 2º semestre de 2022

Em seguida, a professora Rita Regina responsável pela sala de leitura promoveu uma dinâmica muito descontraída que consistia em dramatizar anedotas e apresenta-las no palco. Os estudantes, organizados por turma e mediados pelos professores responsáveis, tiveram alguns minutos para ensaiar e se apresentarem.  

“A atividade de dramatização, estimula a criatividade, a autoconfiança, a comunicação, além de favorecer a interação entre os alunos”, pontua a coordenadora de gestão pedagógica Cristiane Oliveira.

Após esse momento de descontração e muitas risadas, o clima ficou ainda mais agradável com apresentação musical do professor José Manoel que interpretou a música – Eu vou seguir, Marina Elailie para finalizar a recepção coletiva, nossa diretora entoou o hino “Aleluia”, letra de Gabriela Rocha, em que  toda comunidade escolar participou cantando juntos.

Educador José Manoel encanta com sua bela voz

Em seguida os estudantes encaminharam-se para suas respectivas salas, em que os professores deram continuidade ao acolhimento, realizando reflexões por meio de roda de conversa, com o tema: “Meu projeto de vida”.

Destaca-se também a dinâmica: Trabalho em Equipe, realizado na aula de Projeto de Vida, com a turma do 7°A, mediada pela professora Sarah Esther Silva Santos, objetivando apresentar aos estudantes a importância do trabalho em equipe, ter cooperação, agilidade e atenção. Os estudantes utilizaram  duas cadeiras e bexigas., foram divididos em dois grupos,  ambos tiveram que andar enfileirados com as bexigas apoiadas entre sua barriga e a costa do colega, sem deixar cair. Andar em volta das cadeiras.  Se acaso alguém deixasse cair a bexiga, voltava ao  começo.




No período vespertino, com os estudantes dos Anos Iniciais, foram desenvolvidas atividades de acolhimento no pátio com alongamento e interpretação musical. Na sequência, cada educador desenvolveu rodas de conversa e dinâmicas em sala com suas turmas.


Dinâmica - A teia da amizade desenvolvida pelo educador Adelso Arantes

Momento de reflexão - 3º ano 




Dinâmica da bexiga - 2º ano A


Acolhimento no pátio


Interpretação musical - diretora Zuleika








No período noturno foram realizadas as atividades de acolhimento, de acordo com o víes das especifidade do público da Educação de Jovens e Adultos - EJA, valorizando nas dinâmicas  à inclusão de todos os estudantes.  

Dinâmica inclusiva na EJA
Acolher é incluir toda comunidade escolar

 

Dinâmica com a Educação de Jovens e Adultos



Alongamento da EJA

“O acolhimento é essencial durante todo o processo de ensino/aprendizagem, pois possibilita o estreitamento de laços entre professores, alunos e toda comunidade escolar, contribuindo de maneira significativa para a promoção e melhoria do processo educacional”, finaliza Cristiane


quarta-feira, 27 de julho de 2022

Teatro sobre trabalho infantil é encenado por adolescentes da escola Santa Clara

 

Estudantes protagonizam aprendizado através da arte de representar

Por Daniela Arfeli

 Na manhã da penúltima quinta-feira (23/06), na E.E. Assentamento Santa Clara, mais de 100 adolescentes assistiram à peça teatral “Infância extraviada”, apresentada pelos estudantes do 8º ano A, que teve como objetivo abordar o tema Trabalho Infantil. A ação integra as atividades desenvolvidas nos componentes curriculares: Projeto de Vida e História. A peça, com duração aproximada de 20 minutos, mostra de forma bem espontânea, situação de uma criança que desempenhou o trabalho infantil e destacou os danos causados.  “A partir da leitura e compreensão de excertos do Estatuto da Criança e do Adolescente - ECA, os educandos compreenderam que mais que a arte de representar, encenar também implicou em ler, entender e produzir ações que pudessem ser vivenciadas, sob a mediação das educadoras Sonia de Medeiros Vedeiro e Maria Aparecida Ferreira Lifante”, descreve a coordenadora de gestão pedagógica da unidade, Daniela Aparecida Ferreira Arfeli.

Para a estudante Lorena Franco de Lima, interpretar o papel de juíza foi uma experiência crucial na sua vida acadêmica. “Senti-me muito importante com meu papel, eu achei uma experiência incrível e já estou pronta para próximos textos. Representar esse drama da vida real que muitas crianças passam despertou algo diferente. Lutar para que muitas famílias não deixem que as crianças tenham uma infância  extraviada. A  criança que cresce com oportunidades, terá grandes chances de colaborar para uma sociedade melhor, tendo uma família melhor. Criando os seus filhos e diminuindo a desigualdade social, miséria e violência que estamos vivendo. Quem sabe no futuro eu não viro uma juíza”, pontuou a adolescente de 13 anos.

“Tivemos um grande desafio na aula de Projeto de Vida: aprender técnicas teatrais. Primeiro, estudamos sobre o ECA. Assistimos vários vídeos e fechamos com nossa opinião sobre a situação. A professora Sonia iniciou o trabalho e a professora de História, Cidinha Linfante nos ajudou com o teatro. Montamos juntos a peça. Vivenciamos o que aprendemos. Meu sonho é ter uma sociedade com oportunidade para todas as crianças, a lei não pode ficar apenas no papel. Juntos fizemos a diferença”, destacou a estudante Kathellen Andrelina Pereira Lemos

Para a estudante, Ana Laura Silva, o texto dramatúrgico também é uma boa ferramenta para aprender. “A situação do trabalho infantil representado em forma de teatro foi uma produção coletiva. (...) Eu representei a CONSTITUIÇÃO BRASILEIRA e em todos os momentos, os meus pensamentos eram um só: a criança que é orientada, é dada a ela oportunidade, cresce e se torna um adulto mais responsável.  No contexto, o adulto Pai não era uma pessoa esclarecida e foi uma criança que trabalhou sem oportunidades, mas no desfecho do teatro fizemos esclarecimentos e oportunidades de um futuro melhor. Gostaria muito que isso fosse uma realidade absoluta. É triste saber que muitas crianças ainda passam por essa situação”, acrescentou a adolescente.

Por fim, a prática contribuiu para a formação integral dos estudantes. “Foi interessante interpretar um charlatão. Eu aprendi muita coisa com esse teatro. Afirmo que, eu não culparia o senhor Analfabeto, eu culpo a triste realidade, a triste sociedade. Não estou defendendo o trabalho infantil, apenas dizendo que se um pai não aprendeu que estudar é melhor que trabalhar, vai ser isso que ele vai repassar aos filhos. Esse é um dos erros que a nossa sociedade ainda não reparou. O Dr. Dinheirinho Lucro dos Santos não estava nem um pouco interessado na causa, e sim no dinheiro que ele estava recebendo, foi duro saber que existem pessoas assim como ele. Amei essa experiência, adquiri muito conhecimento e gostaria que tivessem mais peças teatrais na nossa comunidade escolar”, justifica o estudante Luís Fernando Pereira da Silva, do 8º ano A.

De acordo com Kaue Bravo dos Santos, “O teatro que eu e meus colegas de classe fizemos  com a professora Sonia e Cidinha foi muito legal e interessante porque falou do tema sobre o Estatuto da Criança e da Adolescência – ECA. Na peça, eu interpretei o pai que colocou o filho para trabalhar na lanchonete com apenas dez anos. O pai não estudou e não valorizava a importância do filho estudar. Assim, o pai foi julgado no júri. Eu ensaiei muito, confesso que fiquei nervoso, mas tudo deu certo. A peça ensinou que os pais precisam transmitir grandes exemplos. A partir de 14 anos, o adolescente pode trabalhar como jovem aprendiz. Agradeço meus amigos e as professoras que tanto colaboraram para que conseguisse interpretar”

“Este teatro serviu como exemplo porque quando a gente crescer, já sabe que trabalho infantil é crime. É importante que todos saibam que a criança precisa ficar na escola. Vamos dizer não ao trabalho infantil! “, destacou Júlio Fernando Tomé Galdino

” Foi uma experiência incrível e ao mesmo tempo desafiadora, pois ao ser narradora, eu  me conectei com a plateia, senti o quanto a plateia entendeu e participou. O teatro foi uma forma interessante de aprender. Eu fiquei bastante nervosa quando me disseram que eu iria ser a narradora, pois eu nunca tinha participado de um teatro”, argumentou Pyettra Firmino dos Santos.

 “O tema foi trabalho infantil. Nós montamos juntos com a professora a peça. Foi muito desafiador e de grande responsabilidade, pois exigiu muito estudo e discussão sobre o ECA na sala de aula. Foi divertido criar os personagens e perceber que a plateia entendeu a nossa mensagem. Acredito que para quem assistiu, conseguimos passar a mensagem que gostaríamos: criança precisa ir para escola, assim seu futuro será mais garantido, com melhores oportunidades. Muitos pais acabam permitindo trabalho infantil, fazendo com que seus filhos comprometam o futuro. Na verdade, o futuro que todos precisamos ter, é uma geração de crianças estudiosas e felizes”, pontuou a estudante Bárbara Silva Matias;