sexta-feira, 13 de novembro de 2015

Ensino Médio dialoga com Simbolismo e Naturalismo

Na última quinta-feira do mês de outubro (29), os alunos da 2ª série do Ensino Médio com a professora de Língua Portuguesa Daniely karoline dos Santos e a docente Vilma Vargas (responsável pela sala de leitura)realizaram sarau poético literário com o tema: Naturalismo e Simbolismo.
As apresentações aconteceram na sala de leitura e participaram a coordenadora Silvania Pereira de Assis Santos, a diretora Adriana Mussi Jorge dos Santos, as turmas do 9º ano do Ensino Fundamental e 3º série do Ensino Médio.
Os alunos utilizaram poemas das respectivas escolas literárias, elaboraram cartazes através de colagem, apresentaram as biografias dos autores – Alberto de Oliveira e Alphonsus de Guimaraes, declamaram poemas com fundo musical.
Preparação do sarau

Organização dos cartazes.
Muita dedicação nos trabalhos.


Julia apresenta o sarau
Karolaine declama o poema: A catedral Ismália
Erica e Geovane declamam o poema Vaso Chinês





Alphonsus de Guimaraens

Ismália


Quando Ismália enlouqueceu,
Pôs-se na torre a sonhar...
Viu uma lua no céu,
Viu outra lua no mar.

No sonho em que se perdeu,
Banhou-se toda em luar...
Queria subir ao céu,
Queria descer ao mar...

E, no desvario seu,
Na torre pôs-se a cantar...
Estava perto do céu,
Estava longe do mar...

E como um anjo pendeu
As asas para voar...
Queria a lua do céu,
Queria a lua do mar...

As asas que Deus lhe deu
Ruflaram de par em par...
Sua alma subiu ao céu,
Seu corpo desceu ao mar...




VASO CHINÊS
Alberto de Oliveira

Estranho mimo aquele vaso! Vi-o,
Casualmente, uma vez, de um perfumado
Contador sobre o mármor luzidio,
Entre um leque e o começo de um bordado.
Fino artista chinês, enamorado,
Nele pusera o coração doentio
Em rubras flores de um sutil lavrado,
Na tinta ardente, de um calor sombrio.
Mas, talvez por contraste à desventura,
Quem o sabe?... de um velho mandarim
Também lá estava a singular figura.
Que arte em pintá-la! A gente acaso vendo-a,
Sentia um não sei quê com aquele chim
De olhos cortados à feição de amêndoa.


Nenhum comentário:

Postar um comentário