Gênero textual: entrevista
1ª série do Ensino Médio
Atividade da apostila volume 3 de Língua Portuguesa da - SEE-SP e
parte do projeto jornal Santa Clara Notícias.
Os alunos estudaram as
características do gênero, leram várias entrevistas, foi realizada uma votação
para a escolha do tema, elaboraram um rol de perguntas que foram selecionadas
pela professora Daniela Aparecida Arfeli, convidaram a entrevistada e fizeram a
coleta de dados através de filmagens, anotações e fotos. Em aulas posteriores
fizeram a transcrição da entrevista, digitação e edição.
Obras na comunidade
Andréa Aparecida dos Santos
da Silva Rainha, (40), casada com Bertoni Rainha, mãe de três filhos: José(13), João (8), Pedro (1),
faz parte da liderança da comunidade Che Guevara, presidente da COCAPAR –
fábrica de farinha de Euclides da Cunha, catequista da Igreja Católica, faz parte da
Pastoral da Criança e da Terra, Técnica em Agropecuária e Professora voluntária
de Idosos. É dirigente regional do MST. Moradora do Assentamento Antonio
Conselheiro, lote 29, mas passa a maior parte do tempo na agrovila por desenvolver
os trabalhos no viveiro com plantas medicinais e também com a organização e
acompanhamento dos projetos de construção.
1ª série EM: Quais são os projetos de
construção para a comunidade?
Andréia:
Aqui
no Assentamento Che Guevara teremos vários projetos de obras, iniciando pelo
Posto de Saúde, quadra esportiva, academia da melhor idade, escola municipal,
parque para as crianças, centro comunitário para atividades da comunidade e
para que haja um espaço para os jovens se reunirem, além de quiosques para
produção e geração de renda das mulheres.
É necessário além de espaço
físico, projetos que incentivem as
crianças, jovens e toda a comunidade assentada, como por exemplo, os projetos
da UNICEF.
1ª
série EM: Quando começarão as obras e onde serão feitas?
Andréia:
Bem,
após várias reivindicações da comunidade e de acordo com as últimas reuniões
que tivemos com o prefeito de Mirante do Paranapanema, Carlos, as obras
começarão ainda neste ano. A concessão
de uso foi autorizada pelo ITESP para dar inicio as obras. Já temos até a planta
da quadra e da escola municipal. Agora,
a comunidade precisa se unir para agilizar o processo, o primeiro passo é a
construção do Posto de Saúde, a quadra, a Escola municipal e depois a
academia. As construções serão próximas à
pista e a caixa d’água, com maior facilidade de acesso, e visualização.
1ª
série EM: Como você obteve as informações das construções?
Andréia:
Na verdade, eu faço parte do MST, onde são
feitas várias reuniões, há dez anos atrás nós ocupamos a prefeitura, a
comunidade e outras pessoas de outros assentamentos para reinvindicações de
infraestrutura no assentamento, saúde e educação, através dessa luta que
demorou, mas agora que estamos colhendo os frutos. Vale enfatizar que e em uma das reuniões delas com o prefeito atual e a diretoria do ITESP foi mencionado que
há verbas para as obras. No entanto, é preciso de documentações, a prefeitura
está a par de tudo, está sendo cobrado deles agilidade nesse processo.
1ª
série EM: Qual a porcentagem de garantia que as obras serão realizadas?
Andréia:
Com
a união de todos temos 99% de
chance, fizemos documentações oficiais para o ITESP e INCRA, precisa ser tudo registrado, além
disso, precisamos de assinaturas da comunidade para apressar o andamento das
obras, através de abaixo-assinado, aval da comunidade e ciente e ter sua
aprovação para as construções, investimentos e projetos.
1ª
série EM: O que está impedindo para iniciar as obras?
Andréia:
Ainda
faltam alguns documentos da Prefeitura para realizar o processo. Existe um tramite da prefeitura com o
estado, é necessário a colaboração de
referências que nós temos, se conversarmos com assessores em Brasília,
ministros, deputados, senadores conseguiremos agilizar o processo ,
fortalecimento do MST- Movimento dos Trabalhadores do Sem Terra, e mais que
isso é “pressão” da comunidade.
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